Ivan afiou as mãos de Demian Maia para o UFC 148 (Foto: Arquivo Pessoal)
São mais de três anos de saudade. Demian Maia, mundialmente conhecido por seu Jiu-Jitsu de primeira qualidade, não arranca os três tapinhas de seus adversários no octógono do UFC desde fevereiro de 2009, quando encaixou um letal triângulo e finalizou Chael Sonnen no UFC 95.
Oito lutas depois, onde saiu vitorioso em 50% delas, Demian Maia tem uma nova chance de voltar a finalizar. No próximo sábado (7), ele encara o coreano Dong Hyun Kim no card principal do UFC 148.
Para o duelo, Demian cortou alguns quilos e fará sua estréia entre os Meio-Médios, mas terá pela frente um adversário um pouco mais alto. Para acabar com essa diferença, o paulista realizou um camp intenso no Boxe, voltado para abrir caminho para um duelo no solo, casa do faixa-preta brasileiro. O físico também teve uma atenção especial, já que em seu último duelo, contra Chris Weidman no UFC on FOX 2, Demian demonstrou cansaço já no 2° round da peleja.
- Todos sabemos as qualidades do Demian no solo, por isso fizemos um trabalho mais de conscientização tática do que propriamente de Boxe. Vamos utilizar o Boxe pra abrir o caminho, já que a luta inicia-se em pé. Porém, buscando sempre e o quanto antes o confronto na curta distância, para assim colocar para baixo. Lembrando sempre que não é apenas batendo que se pode colocar o oponente para baixo, o bloqueio também te dá distância pra entrar e tentar uma queda. Fizemos algumas mudanças no que vinha sendo feito com ele, pois estava muito “confiante” no seu Boxe e esquecendo de suas origens. Para essa luta, podemos esperar um Demian mais focado e melhor fisicamente, apto para uma luta de 15 minutos bem movimentados – avisa Ivan de Oliveira, ex-treinador de Boxe da seleção brasileira da nobre arte, responsável pelas mãos de Demian Maia em bate papo com a Legião MMA.
Além de ser um pouco mais alto e ser dono de uma boa envergadura, Kim também é canhoto, outro fator que pode complicar a vida de Demian. Mais um motivo para o chão ser o melhor caminho para o brasileiro: – Executamos, além dos treinos em bloco e sparrings, muito trabalho de manoplas simulando bloqueios e contra-ataques seguidos de entrada de queda. Fazendo bem esse trabalho, é meio caminho andado para a vitória, pois estará na sua real “zona de conforto”, que é o chão – explica o treinador.
Demian Maia fez história no UFC. Em suas cinco primeiras lutas, ele finalizou todas e embolsou quatro bônus de Finalização da Noite, engordando sua poupança. Principalmente depois da luta contra Mark Muñoz, no UFC 131, em junho do ano passado, Demain passou a aceitar mais a trocação, demonstrando também uma evolução em seu Boxe. Mesmo assim, foram duas derrotas e apenas uma vitória de lá para cá, e justamente por isso, sua equipe acredita que uma volta às origens seja o melhor caminho para a fera.
- Chegou a hora dele voltar a ser o Demian que encheu os olhos do mundo todo quando ganhou premiações seguidas de Finalização da Noite. Ele não é um striker, a gente tem que trabalhar o que o atleta tem de melhor. Foi assim que ele fez o nome que tem hoje, grampeando e finalizando. O nocaute é o que a galera gosta de ver, mas o atleta de alto rendimento tem que lutar pelo resultado positivo, seja como for – analisa Ivan, completando com seu palpite para a luta de seu comandado no UFC 148: – Acredito que o Demian acerta o tempo de entrada, desenrola no chão, pega as costas e finaliza.
Fonte
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Pelo que entendi, o Demian não fez essse camp com o Dórea visando a volta às raízes do jiu-jítsu. Vamos ver... só sei que é uma luta de difícil previsão. Demian tem que tomar cuidado pra não pregar como na luta contra o Weidman. O coreano troca bem em pé e é faixa-preta em Judô. E essa luta vai definir as primeiras posições do bolão.