A primeira medalha de ouro do Brasil em Londres veio com um feito histórico. A judoca piauiense Sarah Menezes venceu a romena Alina Dumitru na final da categoria até 48 kg e assegurou uma conquista inédita para o judô feminino do Brasil em Jogos Olímpicos.
Mais agressiva, Sarah tentou imobilizar a adversária logo no começo da luta. Por pouco não conseguiu, e deixou a romena sentindo o braço direito. A brasileira passou a forçar o braço atingido da adversária, e conseguiu um yuko no último minuto, seguido por um waza-ari para assegurar o ouro.
A vitória na decisão arremata o dia perfeito da brasileira. Sarah começou vencendo a vietnamita Ngoc Tu Van, a francesa Laetitia Payet e a chinesa Wu Shugen pela manhã. À tarde, fez uma disputa tensa, mas ganhou da belga Charline van Snick por um yuko.
Na decisão, fez valer seu retrospecto contra a romena Alina Dimitru, que era a atual campeã olímpica mas havia perdido as três últimas lutas contra Sarah.
A conquista coloca Sarah como a atleta com os melhores resultados da história do judô feminino. Ela sagrou-se campeã mundial júnior pela primeira vez em 2008 e repetiu o feito no ano seguinte, quando ainda foi eleita a atleta olímpica do ano pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro), em votação popular.
Mais adiante, ainda faria bonito em dois Mundiais adultos. Em 2010, foi bronze na competição disputada no Japão, repetindo o posto em Paris, no ano passado. Foi também na última temporada que ela sofreu uma das derrotas mais duras da carreira. Na final do Pan de Guadalajara, quando era ampla favorita, perdeu da cubana Dayaris Alvarez, provocando a ira da técnica Rosicleia Campos.
Nada que abalasse a relação entre elas. Quando venceu a semifinal e ganhou a prata, por exemplo, Sarah emocionou-se ao abraçar a treinadora, que cuida da piauiense na seleção desde o início da carreira da pupila. O outro técnico que tem papel no ouro da judoca é Expedito Falcão, seu técnico desde a entrada no judô, aos 9 anos.
Sarah, que coloca o mestre como seu ídolo, começou no esporte à revelia de seus pais, que achavam o judô muito masculino. Hoje, a atleta não só superou o preconceito em casa como também mudou completamente seu status em seu estado natal. Apesar de ter recebido várias propostas, ela se recusa a deixar o Piauí, especialmente depois de começar a receber ajuda da CBJ para se manter por lá.
Pela fidelidade, ela é tratada como celebridade em Teresina, onde vive, e não raras vezes é paparicada por autoridades como o governador do Estado e o prefeito da cidade
Fonte: http://olimpiadas.uol.com.br/noticias/redacao/2012/07/28/sarah-menezes-ganha-o-1-ouro-olimpico-da-historia-do-judo-feminino-do-brasil.htm
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A primeira medalha do Brasil em Londres é de bronze, e veio como um presente para o judoca Felipe Kitadai, que completa 23 anos neste sábado. O brasileiro derrotou o italiano Elio Verde em uma das disputas de terceiro lugar na categoria até 60 kg, com um waza-ari no golden score.
Se não é uma zebra, a medalha de Kitadai também não era esperada. O brasileiro entrou no torneio como 11º melhor ranqueado e tinha pela frente uma chave muito difícil. Quando caiu diante do bicampeão mundial Rishod Sobirov, no entanto, teve cabeça para voltar à briga por medalha. A vitória sobre o sul-coreano Gwang-Hyeon Choi, na repescagem, veio de forma emocionante no golden score.
Na disputa do bronze, Kitadai conseguiu outra vitória no sufoco. Ele tentou tomar a iniciativa no começo, mas o italiano respondia bem nos contra-ataques e mostrou segurança, induzindo o brasileiro tomar uma advertência. Em seguida, Verde quase conseguiu pontuar com uma queda, mas foi a vez do brasileiro se defender com eficiência. O combate continuou amarrado, e a decisão foi para o golden score. Kitadai precisava pontuar apenas uma vez para vencer, e conseguiu um waza-ari logo nos primeiro segundos.
A medalha coloca Felipe Kitadai no seleto grupo dos medalhistas olímpicos. Na seleção atual, por exemplo, somente Leandro Guilheiro e Tiago Camilo já subiram no pódio em uma edição dos Jogos. Além disso, o resultado também apaga de vez o episódio que o tornou conhecido no ano passado, quando ele “borrou” o quimono na semifinal do Pan de Guadalajara, antes de sagrar-se campeão do torneio.
Agora com 23 anos, Kitadai nasceu em São Paulo e mudou-se para Porto Alegre a convite do bicampeão mundial João Derly, recém-aposentado dos tatames. No começo, morou na casa do amigo até encontrar um lugar definitivo para ficar e treinar na Sogipa, clube que defende até hoje.
Conhecido dentro da seleção pelo jeito extrovertido e brincalhão, ele é o responsável pelos apelidos, conta piadas e está acostumado a se meter em confusões. Além do conhecido episódio do Pan, ele chegou a quebrar o dente da frente em um treino. Os colegas não perdoaram e o apelidaram de Tião Macalé.
Fonte: http://olimpiadas.uol.com.br/noticias/redacao/2012//07/28/felipe-kitadai-surpreende-e-comemora-23-anos-com-bronze-olimpico-de-presente.htm
Mais agressiva, Sarah tentou imobilizar a adversária logo no começo da luta. Por pouco não conseguiu, e deixou a romena sentindo o braço direito. A brasileira passou a forçar o braço atingido da adversária, e conseguiu um yuko no último minuto, seguido por um waza-ari para assegurar o ouro.
A vitória na decisão arremata o dia perfeito da brasileira. Sarah começou vencendo a vietnamita Ngoc Tu Van, a francesa Laetitia Payet e a chinesa Wu Shugen pela manhã. À tarde, fez uma disputa tensa, mas ganhou da belga Charline van Snick por um yuko.
Na decisão, fez valer seu retrospecto contra a romena Alina Dimitru, que era a atual campeã olímpica mas havia perdido as três últimas lutas contra Sarah.
A conquista coloca Sarah como a atleta com os melhores resultados da história do judô feminino. Ela sagrou-se campeã mundial júnior pela primeira vez em 2008 e repetiu o feito no ano seguinte, quando ainda foi eleita a atleta olímpica do ano pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro), em votação popular.
Mais adiante, ainda faria bonito em dois Mundiais adultos. Em 2010, foi bronze na competição disputada no Japão, repetindo o posto em Paris, no ano passado. Foi também na última temporada que ela sofreu uma das derrotas mais duras da carreira. Na final do Pan de Guadalajara, quando era ampla favorita, perdeu da cubana Dayaris Alvarez, provocando a ira da técnica Rosicleia Campos.
Nada que abalasse a relação entre elas. Quando venceu a semifinal e ganhou a prata, por exemplo, Sarah emocionou-se ao abraçar a treinadora, que cuida da piauiense na seleção desde o início da carreira da pupila. O outro técnico que tem papel no ouro da judoca é Expedito Falcão, seu técnico desde a entrada no judô, aos 9 anos.
Sarah, que coloca o mestre como seu ídolo, começou no esporte à revelia de seus pais, que achavam o judô muito masculino. Hoje, a atleta não só superou o preconceito em casa como também mudou completamente seu status em seu estado natal. Apesar de ter recebido várias propostas, ela se recusa a deixar o Piauí, especialmente depois de começar a receber ajuda da CBJ para se manter por lá.
Pela fidelidade, ela é tratada como celebridade em Teresina, onde vive, e não raras vezes é paparicada por autoridades como o governador do Estado e o prefeito da cidade
Fonte: http://olimpiadas.uol.com.br/noticias/redacao/2012/07/28/sarah-menezes-ganha-o-1-ouro-olimpico-da-historia-do-judo-feminino-do-brasil.htm
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A primeira medalha do Brasil em Londres é de bronze, e veio como um presente para o judoca Felipe Kitadai, que completa 23 anos neste sábado. O brasileiro derrotou o italiano Elio Verde em uma das disputas de terceiro lugar na categoria até 60 kg, com um waza-ari no golden score.
Se não é uma zebra, a medalha de Kitadai também não era esperada. O brasileiro entrou no torneio como 11º melhor ranqueado e tinha pela frente uma chave muito difícil. Quando caiu diante do bicampeão mundial Rishod Sobirov, no entanto, teve cabeça para voltar à briga por medalha. A vitória sobre o sul-coreano Gwang-Hyeon Choi, na repescagem, veio de forma emocionante no golden score.
Na disputa do bronze, Kitadai conseguiu outra vitória no sufoco. Ele tentou tomar a iniciativa no começo, mas o italiano respondia bem nos contra-ataques e mostrou segurança, induzindo o brasileiro tomar uma advertência. Em seguida, Verde quase conseguiu pontuar com uma queda, mas foi a vez do brasileiro se defender com eficiência. O combate continuou amarrado, e a decisão foi para o golden score. Kitadai precisava pontuar apenas uma vez para vencer, e conseguiu um waza-ari logo nos primeiro segundos.
A medalha coloca Felipe Kitadai no seleto grupo dos medalhistas olímpicos. Na seleção atual, por exemplo, somente Leandro Guilheiro e Tiago Camilo já subiram no pódio em uma edição dos Jogos. Além disso, o resultado também apaga de vez o episódio que o tornou conhecido no ano passado, quando ele “borrou” o quimono na semifinal do Pan de Guadalajara, antes de sagrar-se campeão do torneio.
Agora com 23 anos, Kitadai nasceu em São Paulo e mudou-se para Porto Alegre a convite do bicampeão mundial João Derly, recém-aposentado dos tatames. No começo, morou na casa do amigo até encontrar um lugar definitivo para ficar e treinar na Sogipa, clube que defende até hoje.
Conhecido dentro da seleção pelo jeito extrovertido e brincalhão, ele é o responsável pelos apelidos, conta piadas e está acostumado a se meter em confusões. Além do conhecido episódio do Pan, ele chegou a quebrar o dente da frente em um treino. Os colegas não perdoaram e o apelidaram de Tião Macalé.
Fonte: http://olimpiadas.uol.com.br/noticias/redacao/2012//07/28/felipe-kitadai-surpreende-e-comemora-23-anos-com-bronze-olimpico-de-presente.htm